A violência e as mulheres

Acabara de chegar da Sessão de Apresentação da Campanha Contra a Mutilação Genital Feminina que decorreu no Palácio Foz, quando vi na TV as brutais agressões perpetradas contra duas mulheres em Angola.

Sabemos da violência sofrida pelas mulheres no mundo inteiro, mas sempre que ela é visível, ficamos mais chocados porque nos apercebemos da intensidade que ela pode assumir e é mais fácil colocarmo-nos no lugar da vítima, que geralmente não tem qualquer capacidade de defesa.

Foi assim quando vimos o filme do massacre de Santa Cruz, em Timor, porquanto, ao vermos aquela violência, que se exibia perante nossos olhos, sentimo-la mais perto, parecendo que a estávamos a presenciar, in loco.

Espero, pois que, em face da filmagem, haja um maior repúdio dos atos criminosos.

Há pouco, na Campanha promovida pela Associação Morabeza, a sua Presidente, Antónia Pimentel e a jornalista Vilma Vieira quiseram chamar a atenção para o sofrimento das meninas vítimas de mutilação genital.

Vilma Vieira – It’s My Body

No fundo, trata-se de violências com uma natureza comum, visto que são causadas pela desvalorização da mulher, que é desconsiderada, vista como um ser menor, sem direito à sua integridade pessoal, e à sua liberdade.

É por isso que no dia 14, em todo o mundo milhões de mulheres se propõem erguer-se contra a violência sobre as mulheres! Pelos seus Direitos fundamentais! Pela sua dignidade!

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